O último romântico
Caminhava pela multidão,
Usava seu coturno velho
Uma calca jeans
E uma camisa cinza de algodão.
No bolso trazia cigarros e saudades
Na carteira,tostões e sonhos
No olhar suas verdades
E nos lábios,hipnose.
Seu chapéu era ganhado
Seu relógio herdado
Mas sua alma estava leve
E seu coração, faminto.
O ultimo romântico caminhava lentamente
No meio daquela gente que tropeçava em sua própria pressa
Vultos que vagam numa guerra sem trégua
Corpos vazios que enlouqueciam calmamente.