Crack.
É
como colocar ironias no sapato
Ou
caminhar descalço na brasa da vergonha
Andar
cabisbaixo humilhado na chuva
Roer
migalhas mendigadas de desprezo
Vestir
panos de chão como farrapos de dignidade
Sentir
o peso dos anos na barba que cresce sem cor
Ver
brotar as rugas da idade como cicatrizes de uma vida amarga.
Buscando
em cada esquina suja alento para uma noite.
Seguindo
a estrada da solidão com cães molhados e ratos de esgoto
Esperando
que a madrugada acabe, ou
A
morte.
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