quinta-feira, 30 de junho de 2011

O meu boa noite.


Naquela noite, outra vez vazia e fria
Me sentei no degrau mais baixo da porta de casa
Acendi um ultimo cigarro,
E comecei a reparar naquela gente
que andava pra lá e pra cá,
e naqueles carros que cruzavam as esquinas.

E através da fumaça tragada,
Olhando menos racionalmente a situação
Percebi que nenhum daqueles carros me interessava,
Exceto um, preto, que justamente deveria estar
Parando na minha frente, mas não veio.

Aquelas pessoas ficaram tão sem graça
Quando eu buscava em cada um de seus rostos
Ver um sorriso seu,
Aquele e só ele
que mesmo tímido, me faria feliz.

Com as mãos geladas, e os abraços vazios
Me deitei naquela caminha estreita de solteiro,
Que nunca antes havia sobrado tanto, um espaço
Que só o seu corpo poderia preencher.

Naquela almofada, tão carregada de sonhos
Procurei ali por uns últimos fios de cabelo seus
Sentir a réstia do perfume que você deixou
E a usar como portal, para te encontrar
No mundo do qual nós nunca nos separamos
Neste mundo, em que todas as noites estamos
De braços dados, dividindo na mesma sintonia
Um só Sonho.

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